31/12/2019
O ano de 2019 se foi e não sentiremos nenhuma saudade.
Um ano mais do que perdido, com retrocessos na área ambiental que vai representar na maior perda da última década.
Um ano marcado por um discurso contra a atuação ambientalista da ONG's onde o nome de grandes organizações foram denegridas sem nenhuma prova.
Um ano onde a estrutura ambiental do país foi destruída, os Conselhos Ambientais foram suprimidos e o que a grande mídia não divulgou foi o encerramento do CORI - Conselho Orientador para Implementação de Sistemas de Logística Reversa que se já era lento agora estamos à deriva.
Se já não existia a Logística Reversa agora ficou claro o protecionismo aos fabricantes e comerciantes que sob o pretexto de gerarem empregos são intocáveis e não devem cumprir com suas obrigações legais da PNRS.
A proteção aos responsáveis pela Logística Reversa chegou ao cúmulo que a única norma editada este ano foi a de autorizar a Incineração do Lixo que comprovadamente é poluente e contraria as normas da PNRS.
Desde o início do governo as ONG's foram acusadas de todas as barbaridades; de roubar a biodiversidade, desvio de verbas, de atear fogo na Amazônia.
Fatos que não foram comprovados e muito menos seus nomes divulgados.
Somos totalmente a favor da apuração de qualquer irregularidade na atuação de qualquer organização que não cumpra a legislação.
O ministro já é velho conhecido no meio e não se esperava outra atitude, com qualidades duvidosas e discursos ofensivos a vários países.
E para resumir o trágico ano, só restaram cinzas e o lixo.
Não houve nenhuma melhora, nenhum ato que signifique avanço na normatização e na exigência do cumprimento das leis.
O ano termina com o triste saldo de apenas 3% do lixo reciclado (onde alguns países da Europa estão com 45%) e menos de 38% do esgoto tratado.
